A inserção de novas tecnologias na rotina diária permitiu que topógrafos, agrimensores e engenheiros alcançassem o próximo nível em seus processos de trabalho – entre as novidades estão os Veículos Aéreos Não Tripulados (VANTs), também conhecidos como drones, cada vez mais utilizados para o mapeamento aéreo e análise de áreas agrícolas.
Com diferentes câmeras e sistemas embarcados, os drones utilizados no mapeamento possuem um ponto em comum: a sua essencial ligação com sistemas de geolocalização, como o GPS.
A forma com que o drone registra os dados de posicionamento é muito importante para a precisão de seus dados, o que permite ao técnico confiar nos resultados dali extraídos.
Se você já entrou em contato com esta tecnologia, talvez tenha ficado em dúvida sobre qual é a melhor opção ou até mesmo desconhece quais são elas.
Pensando nisso, abordaremos os principais tipos de sistemas ligados ao posicionamento dos VANTs neste post.
Assim, fica mais fácil para você escolher a sua próxima ferramenta de trabalho!
Vamos lá?
Precisão de dados: entenda a diferença entre os sistemas GPS, RTK e PPK
O Global Positioning System (GPS), já é um “velho conhecido” do nosso cotidiano: ele está presente no seu carro, no celular, no tablet, em relógios e outros acessórios. Vivemos a era dos dados, afinal!
Seu uso, inclusive, está cada vez mais presente na agricultura de precisão, instalado em tratores e outros tipos de maquinário para uso agrícola que operam com piloto automático, plantando e colhendo com precisão excelente e segurança para os operadores.
No contexto do mapeamento com drones, o GPS serve para guiar o voo automatizado do drone, solução encontrada para o mapeamento de áreas de maneira prática.
Sendo assim, cada foto tirada por um drone em missão de mapeamento contará com dados do sistema GPS.

Quem já utilizou um GPS comum (de navegação) sabe que nem sempre ele funciona perfeitamente. Dependendo das condições climáticas, do relevo e, até mesmo, da própria qualidade do aparelho, o GPS perde o sinal e pode falhar ou demorar para atualizar as informações.
Este mesmo problema pode ocorrer com os drones que utilizam somente este tipo de sistema: a margem de erro de posicionamento geográfico de um GPS como este costuma ficar entre 3 a 5 metros.
Sistema RTK e Sistema PPK
O Sistema Real Time Kinematic (RTK), atua na correção dos dados coletados pelo GPS da aeronave em tempo real, com precisão de centímetros.
A correção ocorre da seguinte maneira: a base RTK, que fica em solo, contém um receptor GNSS – sigla do inglês Global Navigation Satellite System, Sistema Global de Navegação por Satélite. Ela possui uma coordenada fixa e será a referência para o sistema como um todo.
Esta base é apoiada pelo Posicionamento por Ponto Preciso (PPP), sistema do IBGE, e os dados coletados pelo GPS do drone, sendo então feita uma triangulação de todos os dados, para que a correção ocorra em tempo real.
Para que o Sistema RTK funcione e entregue o resultado desejado, é obrigatória a conexão constante do sinal da base com o VANT.

O Sistema Post Processed Kinematic (PPK) é um sistema bastante similar ao RTK, utilizando da mesma lógica de cruzamento de dados, porém, ela ocorre em um momento posterior ao voo, sendo um sistema de pós-processamento.
Dessa forma, os dados de GPS do drone ficam armazenados no computador de bordo da aeronave e são corrigidos após a missão.
Qual sistema usar: RTK ou PPK?
Agora que você já sabe as diferenças entre os Sistemas RTK e PPK, recomendamos a leitura deste post: Por que usar PPK ao invés de RTK em drones?