Safra vem, safra vai e o Brasil segue no topo da lista de maiores produtores de cana-de-açúcar do mundo.
No entanto, plantar cana-de-açúcar no Brasil não é tarefa fácil. Os produtores, ao longo de um ciclo completo da cana, enfrentam diversos desafios, sejam eles naturais ou causados pelo próprio homem.
Ter o conhecimento adequado da área, verificar a presença de plantas daninhas, realizar o manejo correto do canavial e praticar uma agricultura sustentável são apenas alguns desses desafios.
A boa nova é que os drones são uma alternativa muito rentável e que ajudam a superar esses obstáculos, seja para quem produz em larga escala, como as usinas de cana-de-açúcar, ou para o produtor de pequeno e médio porte.
Cana-de-açúcar no Brasil: panorama geral
De acordo com o boletim de acompanhamento da safra brasileira, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a safra 2019/2020 deve ter um crescimento de 3,6% em relação à anterior, chegando a aproximadamente 642 milhões de toneladas produzidas.

Dentre as diferentes regiões do país, a Centro-Sul é líder na produção nacional, sendo São Paulo o estado campeão em toneladas produzidas e em área plantada – não por acaso, é onde ficam concentradas a maior parte das usinas de cana-de-açúcar brasileiras.
Em um panorama de altíssima produtividade, onde a redução de custos e otimização de processos está sempre em foco, cada vez mais existe a necessidade de inovação.
Nesse contexto, o uso de Veículos Aéreos Não Tripulados (VANTs) para o monitoramento do canavial se mostra uma boa escolha.
Nota-se, entre as usinas e produtores, uma maior aceitação quanto ao uso destes equipamentos. Isto porque o VANT potencializa a produção de diferentes maneiras e traz sustentabilidade ao manejo.

Mas antes de falar como isso acontece, você precisa entender alguns dos problemas presentes na cultura da cana-de-açúcar.
Problemas comuns no plantio de cana-de-açúcar
Independente da cultura, sempre teremos problemas comuns quando falamos de plantio e produtividade. Eles estão ligados a fatores naturais ou artificiais.
No primeiro caso, são fatores relacionados à natureza em si: a qualidade do solo onde se planeja produzir e suas características de relevo.
Já os problemas artificiais, ou seja, criados pelo homem, estão diretamente ligados à falta de cuidado durante o manejo do canavial, causando perdas significativas de produtividade e problemas para o meio-ambiente: amassamentos, falhas de plantio, queimadas na colheita manual – todos esses pontos podem ser evitados com o uso de drones e da colheita mecanizada.

Drone e cana-de-açúcar: inteligência e sustentabilidade
Foi-se o tempo em que os produtores rurais e profissionais do campo apenas jogavam sementes no solo e as esperavam crescer – para quem quer atingir a máxima produtividade, o processo é cientificamente controlado – especialmente quando falamos de grandes áreas.
Com os benefícios da agricultura de precisão, utilizar drones no mapeamento aéreo de lavouras se provou como uma prática de excelente custo benefício.

Afinal, os drones geram inteligência, isto é, informações relevantes e precisas que aliadas ao conhecimento e boas práticas dos profissionais, ajudam a transpor os problemas que citamos anteriormente.
Como?
Para entender melhor o solo e seu relevo, por exemplo, é possível realizar um levantamento topográfico de toda a área a ser plantada. Em áreas superiores a 500 hectares, são utilizados drones de asa fixa (como o Maptor e o Verok), pela sua maior autonomia e capacidade no mapeamento aéreo.
No caso de pequenas áreas, é possível utilizar drones multirotores, como os modelos DJI da linha Mavic – veja um comparativo entre o Mavic 2 Pro e o Mavic Air, modelos utilizados pela Horus!
Para esse trabalho, o ganho de tempo e a possibilidade de trabalhar com uma equipe reduzida economizam recursos importantíssimos para o produtor.
Com o drone, é possível gerar um mapa georreferenciado da área, o ortomosaico. Junto dele, são gerados os Modelos Digitais de Terreno e Superfície (MDT e MDS) e também as curvas de nível.
Ainda nos casos relacionados à natureza em si, a presença de plantas daninhas pode ser um problema muito grande. Porém, com o apoio do VANT, elas podem ser identificadas e suas coordenadas obtidas, para que se faça o devido manejo – manual ou automatizado através de mapas de aplicação em taxa variável.

Clientes da Horus chegaram economizar metade do que planejavam investir em insumos para lidar com as plantas daninhas em suas áreas de plantio – veja um case de sucesso no uso de aplicação em taxa variável!
O manejo mecanizado, por sua vez, é potencializado pelo uso de drones. Isto porque com o apoio do equipamento, são gerados mapas de restituição de linhas de plantio, que são integrados ao maquinário, e verificadas as falhas de um canavial.
Com o mapeamento das falhas e sua extensão, o profissional está munido de informações de alta confiabilidade para a tomada de decisão sobre o replantio ou não da área, seguindo uma regra popular de 3:1, com três metros de falha para um de replantio.
Quanto à mecanização, quando utilizadas máquinas que dispõem de piloto automático, são evitados problemas e efeitos colaterais ligados ao manejo manual, como acidentes de trabalho, desgaste ergonômico dos profissionais e as queimadas da palha da cana.
Para que a colheita ocorra de maneira 100% mecanizada, deve-se gerar um mapa de linhas, exportado em formato shapefile, para ser integrado ao maquinário. Recomendamos que você utilize a plataforma Mappa para realizar esse processo.
Assim, é possível evitar amassamentos de linhas, pisoteio e outras possíveis falhas do manejo manual.

Trazendo isso para números, para que você possa mensurar o valor do uso do VANT na geração de informação:
- Em um canavial de produção média de 75 toneladas por hectare, 5% são perdas. E 26% dessas perdas (ou 1,25% do total da produção) são causadas por amassamento do manejo mecanizado, portanto são 0,94 hectares são perdidas por amassamento.
- Com a solução Horus de restituição de linhas, o ganho considerando R$65,00/tonelada pode ser de R$63,05/hectare. E se considerarmos que a restituição de linhas será feita apenas uma vez após o plantio, o ganho por hectare será de R$315,25/hectare, ou seja, uma economia muito relevante.
Conclusão
Levantados diferentes pontos e também os números, são inegáveis as vantagens geradas para o produtor e para os profissionais de campo ao utilizar drones no mapeamento aéreo, com foco na geração de mapas inteligentes.
Já pensou em aplicar isso na sua produção ou em trabalhar como prestador de serviço no mercado de mapeamento com drones?